Praga pelos meus Olhos




Visita ao Bairro Judeu


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Na segunda-feira, já depois de um fim-de-semana de festarolas fui com a Sofia (uma das colegas do ISEG) dar uma volta pelo norte da cidade. Fomos ao Bairro Judeu, Josefov.
Foi uma manhã/tarde
bastante agradável, visto ter começado pelo almoço pois a manhã é sagrada ao início da semana …
Sempre tive um interesse especial pela comunidade hebraica.
Não sei se será pela história deste povo ou simplesmente pela famosa habilidade que detêm para fazer negócios.
Visitámo
s todo o bairro.

Todo o ar que respiramos ao andarmos pelo bairro parece carregado de morte, de um fardo de dor e de sofrimento. Ao entrarmos na ‘Pinkas Synagogue’, um edifício que após a 2ª Guerra Mundial foi tornado num memorial em homenagem a todos os Judeus da Bohemia e Moravia (regiões checas) que foram assassinados pelos nazis. Por todas as paredes estão inscritas os nomes e as comunidades a que pertenciam mais de 80.000 judeus! É um percurso assolador.

No lado oposto, a riqueza e todo o requinte tão característica desta cultura, é evidente por todos os recantos da Sinagoga Espanhola. Com um ar imponente demarcando claramente 2 enormes cúpulas e recheada de pequenas relíquias materiais e literárias.

Finalizando o percurso pelo Bairro Judeu visitámos o cemitério judaico.
É um espaço escuro, frio, com todas as árvores despidas sem uma veget
ação onde só se demarcam pedras simbolizando a morte de alguém. É um local carregado de simbologia para toda a comunidade hebraica pela imensa quantidade de judeus aqui sepultados (perto de 40.000 pessoas) entre os quais se demarcam figuras célebres da comunidade como sendo o Chefe Rabi de Praga Ezekiel Landau (1713-1793) e o seu pupilo e membro da comissão, Eleazar Fleckeles (1754-1826).

Ao longo de todo este caminho deparámo-nos com duas realidades que tristemente continuam
bem presentes nos nossos dias. A morte e a riqueza.

Fugindo um pouco ao passei histórico a que dediquei o dia e voltando às “minhas lidas por Hostivar”.

Cheguei a casa (é um quarto, mas ao dar-lhe o nome de casa parece que sou independente), fui até à cozinha e comecei a preparar os bifes para então os começar a cozinhar. Mas rapidamente percebi que iria ser impossível cozinhar o que quer que fosse, já que não tínhamos electricidade na cozinha. O que não impediu a Vicky (a minha vizinha inglesa) de me congratular simpaticamente pelo excelente aroma que vinha da cozinha.
A solução, seria ou pegar no fogão (um fogão eléctrico com apenas dois bicos com uma ficha ligada à tomada – à campista) para o corredor e cozinhar por lá ou ir até aos vizinhos do andar de baixo e roubar-lhes o cozinha por breves momentos.

Optei pela segunda opçao. É verdade que não ficou um espectáculo, justificado por não estar a utilizar a minha cozinha (heheheheh), mas até se jantou medianamente.

Tenho andado a fazer progressos gastronómicos.
Ontem fui fazer umas costoletas e uns bifes para o meu jantar e de um eslovaco que estava a jantar um chourição com pão cheio de manteiga que me senti na obrigação de lhe convidar para jantar comigo. Adorou os bifes, não parava de dizer que não sabia o que estava a comer mas estava delicioso. Para além do eslovaco, mal sentindo o cheiro, aparece a Vicky a ‘fazer-se ao bife’ mas estava de saída… fica para outra vez, disse-lhe eu.

Beijocas e abraços,


Nota: Para saberem mais sobre o Bairro Judeu não deixem de visitar http://www.jewishmuseum.cz/


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