Beijocas e Abraços para todo o pessoal de Hostivar*
Luís
Um beijinho e um até breve Lenira*
Luís
A primeira capital a reconhecer a nossa presença, foi aqui bem ao lado, Bratislava.
Bratislava seria a cidade com menos interesse em função do que o pessoal que lá tinha ido nos tinha dita. Seria uma cidade pequena com pouca coisa para ver, capaz de ser vista em 4 horas. Nada mais erróneo. Devo-vos dizer que fiquei pasmado com esta cidade. A beleza da ‘downtown’ é o ponto de referência da cidade, com edifícios bastante similares aos de Praga, mas menos ricos, e com grande vida nas ruas. Esplanadas por todas as ruelas e com um comércio constante. Em redor da cidade, tudo ‘mexe’. Muita construção, desde grandes edifícios demarcando a presença das multinacionais até à remodelação e construção de vias de comunicação, não perdendo o cariz ambiental e uma inteligência económica continuando a utilizar eléctricos e autocarros eléctricos! A paisagem vislumbrante do castelo para o Danúbio, ao fim do dia com o pôr-do-sol como cenário principal é um marco da cidade e se juntarmos a isto, estar acompanhado com três princesas… o que estava a ser magnífico só poderia terminar melhor com um jantar de Rei num restaurante junto ao castelo. Se me falam de Bratislava a minha primeira referência é esta refeição. Imaginem deliciarem-se com uma deslumbrante refeição, que ao saírem do restaurante, apenas desejam repousar na vossa cama sob uma acalmia magistral.
A impressão que fiquei de Bratislava foi uma cidade à ‘espera de emergir’. Não conheço dados concretos do crescimento na Eslováquia mas penso que Bratislava será uma cidade que em 3-5 anos será completamente diferente do que ví agora. Será um bom pretexto para cá voltar!
No dia seguinte, pela fresquinha pegamos nas nossas coisas e fomos apanhar o comboio até à imperatriz Budapeste.
A começar pelo hostel onde ficámos. Num típico prédio húngaro com um pátio no centro, numa típica casa húngara, com paredes altas, a lembrar as nossas antigas casas com portas palacianas, com uns móveis do século passado e com uns donos em tudo estranhos, mas simpáticos, e com um não menos propositado nome “Best Hostel”.
A contar pelo que a Sofia me tinha dita, estava contar ver gente bonita nas ruas…não ví nada disso, talvez tenha estado sobre a influência do ‘trio maravilha’!
Fora isso, Budapeste é em tudo o que os roteiros turísticos dizem, comparando-a a Paris em função das extensas avenidas e praças que existe por todas a cidade. Devo-vos confessar que se fiquei deliciado com a gastronomia eslovaca, a húngara deixou-me desiludido. Nada de especial e com pouco sabor…nem o vinho (especialidade húngara) apreciei. A vida da cidade é movimentada até às 20h, depois disso e perto das 22h, transforma-se numa cidade de ninguém. Andávamos os quatro a passear pela rua principal, Váci, a essa hora, e não víamos qualquer movimentação apenas uma porteira de um clube de Striptease mais aguerrida a convidarmo-nos para entrar.
É uma cidade que pelas elevadas expectativas com que íamos não me deixou perplexo até ao momento que subimos ao castelo e sentimos a imensa beleza da cidade.
Se os três dias em Budapeste estavam na sua força máxima, terminaram com uma imperdoável ida a um dos famosos Spas húngaros no parque da cidade. Aqui tornei-me Imperador!
Imaginem piscinas para todos os gostos e feitos com água fria, quente, morna, gelada… com e sem imersão, saunas a começar nos 35ºC até aos 80ºC, culminando numa piscina com uma temperatura de 30ºC ao ar livre e … para meu fascínio, começou a chover. Sem palavras, duas horas de pura adrenalina.A viagem estava a ser deslumbrante.
Pelo início da viagem podem até pensar que fiz esta viagem com o intuito de tentar perceber um pouco a mente feminina. Enfim … apenas percebi que um grupo de mulheres só podem andar juntas durante 3 dias. Mais que isso começa a ser recorde. Começam a entrar em mesquinhices que ninguém entende. Se está sol, querem chuva, se está a chover andam deprimidas porque querem sol! Mas se hoje estão com a mosca, no dia seguinte… passou! Quem as entende que me dê a porção mágica porque a única conclusão que consegui tirar, foi que por mais voltas ao mundo que dê a mente feminina funciona sempre da mesma maneira e será sempre uma caixa de surpresas, muitas vezes agradável mas outras vezes impercebível!?
Viena já começava a piscar-nos o olho e Budapeste a acenar-nos com a mão quando chegámos ao mais caro mas com as piores condições hostel em Viena.
Apesar das não muito agradáveis condições do hostel o passear pelas ruas desta esplendorosa capital europeia transformam-me num príncipe.
Ao contrário de Bratislava e Budapeste, Viena é uma riquíssima cidade europeia, com as lojas das melhores marcas apinhadas de gente. Uma qualidade de vida distante de todas as outras capitais. Riquíssima em espaços verdes. Por todo o recanto da cidade encontramos um fantástico jardim com marcos aos homens que colocaram Viena no panorama cultural, como Strauss, Mozart, Beethoven.
Corremos a cidade pelo nosso pé durante dois dias. De ponta a ponta, vimos o essencial da cidade, mas ao contrário das outras cidades penso que Viena é uma cidade para passear devagar. Usufruir da cidade ao sabor de príncipes e princesas. Usufruir de um deslumbrante hotel e de um magnífico restaurante. Viver durante uma semana como ‘se não houvesse amanhã’. Talvez um dia!
O retorno a Praga fez-se sobre um desgaste enorme. Se as pernas mal se aguentavam…imaginem a paciência de um tuga no meio de 3 nórdicas! Valeu cada momento.
Uma beijoca para as três.
Luís
Uma cidade fascinante, onde o passado se cruza com o presente a uma velocidade estrondosa. Em cada praça vislumbra-se a construção da história europeia mas também o futuro do velho continente. Uma capital em constante agitação.
Próxima paragem .... Carcóvia!
Beijocas*